quarta-feira, 31 de agosto de 2011

o jornal matinal

A manchete do jornal matinal
me assustou na leitura,
me feriu o coração,
me fechou os olhos de pavor,
não queria acreditar nas palavras
combinadas de tal forma afim de me entristecer
vão pensamento que me bate à porta
e eu insisto em não abrir
não deixo o frio entrar
e então por fim não me congelar
e enfim não apagar o último fiapo de calor
que você me deixou acesso no meu pulso ensanguentado.
Sonharia se pudesse e reverteria a notícia
rebobinar aquele relógio ingrato
controlar o por do sol
e o nascer da lua
com meu controle remoto
de olhares
todos perdidos na esquina da morte velada,
no final do seu amor que eu não vi fim,
molhando seus segredos impermeáveis
mas inundados pelas lágrimas dos meus olhos sem fundo.



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