quinta-feira, 30 de junho de 2011

É.

                   Por mais
que as cenas
                   que pelos meus olhos passam
as histórias
                que me contam
as palavras
                que ouço
os textos
             que leio
provem e comprovem
que o amor
                 machuca até a
                                                       PEDRA
que fica no meu caminho
no final eu esqueço TUDO
e
vou correndo em sua direção
achando que tudo que vou ganhar
serão
         rosas de um mar
num
        mar de rosas
tolo sentimento
que me faz de tola
                            a todo momento.

terça-feira, 28 de junho de 2011

A estrada

Na esperança
de ser esperada
na esquina
dessa estrada
de terra batida
                      e
EXAGERADA
as suas pegadas
se concretizaram
nos metros             e              metros
desse chão
m i g a l h a s  de  p ã o
deixadas pelo caminho
para eu poder
      me
 encontrar
saber o caminho de volta
para o seu
                coração
mas sem
entender porque
eu ainda espero
                        parada
na esquina dessa
estrada.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

História de dois (escrito com Alberto Aleixo)

Sabe o poema que não te escrevi
Aquele que perdi a rima,
Que descambou na métrica?
Não segurou as pontas do meu desejo assassino
Que matou seu coração na esquina dos meus versos não escritos
Nas esquinas dos meus olhares velados e sonhados
Em seus sonhos de criança feliz
E na força motriz daquele grito contido
Na garganta ferida dos soluços
Do seu choro raivoso
Que nasce da raiva que você mostra,
Quando na tocaia dos sentimentos eu esnobo seu sofrimento.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Realidade II

Ouço o som da rua
e não entendo como pode ser tão crua.
Sua imagem retratada numa cuia
de um pobre ser que não tem nem pra onde ir,
que tem sua imagem retratada no vidro
que é blindado, escurecido e amargado
do cidadão que está dentro desse carro
que dirige sem nem olhar pro lado.
Fecha os olhos ao retrato do mundo à sua volta
situação imunda,
miséria profunda,
de mente, corpo e fé
do estranho ser ao seu lado em pé.

domingo, 5 de junho de 2011

Deixa?

Flor,
Flor minha,
suas pétalas não caem,
sua beleza não morre,
seu odor me socorre,
suas cores me invadem
de uma felicidade instantânea.
Não se esconda dos meus olhos,
deixa eu encontrar os seus,
deixa

Apareça no jardim de meus dias,
perfume o ar que respiro,
seja minha nem que seja por um dia.
Não use seus espinhos contra mim.
Ó Flor encantadora,
não sou eu quem te quer mal.
O bem é maestral,
rege meus dias,
rege meus sentimentos,
rege tudo que tenho dentro.
Dentro da minha cabeça,
dentro do meu coração,
dentro do meu pulmão,
dentro da imensidão.

Entenda Flor minha
nasci apenas para amar e nada mais.
Deixa eu te amar Flor.
Deixa eu amar teu corpo,
teu cheiro,
teus olhos
e se não for possível,
deixa eu apenas adimirar,
com meus olhos a brilhar,
sua beleza a passar.