quinta-feira, 9 de junho de 2011

Realidade II

Ouço o som da rua
e não entendo como pode ser tão crua.
Sua imagem retratada numa cuia
de um pobre ser que não tem nem pra onde ir,
que tem sua imagem retratada no vidro
que é blindado, escurecido e amargado
do cidadão que está dentro desse carro
que dirige sem nem olhar pro lado.
Fecha os olhos ao retrato do mundo à sua volta
situação imunda,
miséria profunda,
de mente, corpo e fé
do estranho ser ao seu lado em pé.

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