domingo, 22 de maio de 2011

Abandono

O choro engasgado na garganta
anseia por sair pelos meus olhos perplexos
encharcados pleo sinismo seu
que contaminaram minhas janelas para o mundo
e me cegaram para a vida nesse profundo imundo.

Por mais que eu queira continuar, não consigo,
presa ao chão me encontro nesse estado de pasmificação
e vejo refletir nos meus olhos
a sua estranha imagem que andando, vai em direção ao que desconheço
que persiste em ficar na minha cabeça
e me atormentam para ver se enlouqueço

E pensar que um dia cheguei a cogitar ideias
de que você nunca iria me abandonar
e pensar que naquela tarde
você me lançou aquele olhar de adeus
mas eu ignorei sem ao menos tentar saber
o que poderia significar
simplesmente aceitei o seu "está tudo bem"

Uma salgada lágrima escapa do controle dos meus sentimentos
e molha meus cílios, meus lábios, minha tenre pele, meu destino
o que me questiono agora é o que será mais doloroso
deixar que desta vida eu seja levada
ou fazer com que meus pés tracem o amargo caminho que seguirei a partir desse momento de abandono.

Um comentário:

  1. Que lindo amiga, me identifiquei legal nesse poema, me encontro nesse estado, mas sei que tenho que persistir no pensameto "Nada como um dia após o outro"

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